Farah Jorge Farah

Farah Jorge Farah

Saiba mais sobre o homicídio que chocou o Brasil em 2003.

Veja também imagens do corpo esquartejado e dissecado de Maria do Carmo Alves, vítima e ex-amante do ex-cirurgião plástico.

ATENÇÃO! Tenha certeza de que realmente deseja ver [+18]

Ex-cirurgião plástico que esquartejou a ex-amante em 2003, Farah era considerado pelos amigos como sendo uma pessoa boa. Prestativo, educado, religioso e discreto, vivia aconselhando os vizinhos, amigos e pacientes a frequentar  como ele, a Igreja Adventista do 7.º Dia, para fugir da violência. 

Aos 53 anos, Farah matau Maria do Carmo Alves, 46 anos, mulher obsessiva pelo médico, a quem ela perseguia, ameaçava e com quem teria um relacionamento amoroso há cerca de 20 anos. Maria chegou à clínica de Farah, Em Santana, Zona Norte de São Paulo, por volta de 18 horas do dia 24 de janeiro de 2003.

Na versão da polícia, Farah atraiu Maria até a clínica para matá-la. Aplicou um sedativo no dorso da mão direita e começou a esquartejá-la viva. Foi ao prédio onde morava guardar o carro, voltou a pé e continuou a retalhá-la. 

A fim de dificultar a identificação do cadáver, Farah removeu cirurgicamente as peles faciais, das mãos e pés da vítima, guardando os restos mortais em sacos plásticos. Farah teria levado cerca de 10 horas para matar Maria

Farah afirma ter sofrido amnésia temporária e ter acordado na manhã seguinte, diante de sacos de lixo com o cadáver dissecado.

Na manhã de sábado, os pais de Farah foram à clínica. Ele pôs os sacos com o cadáver no porta-malas do carro do casal e partiu com os dois. À noite, foi ao prédio onde morava e transferiu os sacos com o corpo para o seu próprio carro. Na volta limpou o carro com água sanitária e depois subiu para seu apartamento, no 26º andar.

Logo após, ele se internou na clínica psiquiátrica Parque Julieta. Ele contou para a sobrinha Tânia Maria Homsi, que o foi visitar no domingo, que dopara, matara e esquartejara Maria, entregando as chaves de seu carro. "O carro está no meu prédio. Olhe no porta-malas a loucura que eu fiz".

Como o cheiro de formol e água sanitária no porta-malas era forte, ela decidiu procurar o 13.º Distrito Policial. Horas depois, policiais abriram o porta-malas do carro do médico, que estava no subsolo do edifício onde ele morava.

Em cinco sacos pretos, os policiais encontraram o corpo esquartejado de Maria do Carmo. Faltavam as mãos e as vísceras. Além de esquartejar, Farah tirou a pele do tórax, dos seios e do lado esquerdo do rosto". Órgãos como o coração e o fígado nunca foram encontrados.

Em seu julgamento o médico disse que, no dia do crime, a vítima ligou e falou com a secretária dele dizendo que iria em sua clínica. Farah contou ter dispensado a secretária e que ia fechar a clínica para evitar a visita de Maria do Carmo. 

Segundo o ex-cirurgião, ela chegou ao local e disse que gostaria de ter uma conversa civilizada com ele. “Ela veio gritando no corredor, com a faca na mão, me xingando. Ela xingou minha mãe. Chamou de vagabunda, vadia e outras palavras de baixo calão", disse. E ainda completou “Ela me atacou com uma faca. Me defendi com minha bengala. Eu a empurrei e ela bateu a cabeça na parede. Eu surtei, excelência, e não lembro o que aconteceu”.

Farah diz que não recorda de nada que aconteceu, disse que ficou “em transe” até o domingo (o crime ocorreu em uma sexta-feira). “A gente se atracou, eu consegui tirar a faca da mão dela. Como eu fiz a seqüência dos fatos, eu não sei. Eu só me lembro do momento em que a gente se atracou”.

Farah afirmou que conhecia Maria do Carmo desde 1997, quando ela o procurou para fazer uma cirurgia de retirada de uma pinta da perna.

Preso em 27 de janeiro de 2003, três dias após o crime, Farah foi formalmente acusado e condenado em primeira instância a 13 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e ocultação e destruição de cadáver em 2008. No total, passou quatro anos e quatro meses na cadeia. Obteve, na Justiça, o direito de recorrer em liberdade em Maio de 2007. 

Atualmente é aluno de Gerontologia da USP Leste e de Direito na UNIP. - "Tem gente que nunca conversa comigo, não vai com a minha cara  e não admite que eu faça faculdade", diz Farah.

“O povo quer a minha punição ad aeternum*? Quem não comete pecados? Sou um ser humano, seres humanos agem de forma intempestiva.”

*Eternamente

.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.

Clique aqui e leia entrevista de Farah concedica a revista Época em 2009.

.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.

Veja a seguir fotos de restos mortais de Maria do Carmo Alves.